Turismo sustentável pode ser definido, conforme a definição da Organização Mundial de Turismo (OMT) de 2003, como sendo as atividades que atendem as necessidades dos turistas, mas também das regiões que os recebem, protegendo e ampliando as oportunidades para o futuro.
Ou seja, pode-se perceber que o turismo sustentável busca, além de satisfazer os vistantes do local, promover o desenvolvimento econômico e social desse local, conservando os recursos naturais disponíveis, bem como mantendo a integridade cultural da população local. Assim, há manutenção do meio ambiente local a longo prazo, garantindo os benefícios da atividade turística para todos.
Dessa forma, o turismo sustentável não é um sinônimo do ecoturismo, por exemplo. Mas, conforme a própria OMT determina, todas as formas de turismo devem ser sustentáveis. Assim, faz parte do turismo sustentável não somente evitar o desmatamento, mas reduzir o consumo de água e energia e cuidar da separação do lixo, por exemplo.
Essas ações podem ser tomadas por hotéis, pousadas e agências de turismo, visto que, toda atividade econômica, pode ser sustentável.
O Brasil é um país com vasta natureza, portanto, o turismo sustentável tem muito potencial, mas ainda é pouco desenvolvido no país. Inclusive, atividades como desmatamento e destruição dos biomas afeta diretamente esse potencial.
Em 2017, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento. Assim, é possível começar a entender como o turismo sustentável pode ser importante para a evolução dos países no mundo.
Dados da própria OMT demonstram que o turismo sustentável corresponde a 10% do PIB mundial. Ou seja, lida-se com bilhões de dólares, em diversos países, além de milhares de empregos diretos e indiretos.
A OMT estima que 2030 abrangerá um fluxo de cerca de 1,8 bilhões de turistas internacionais, sendo que atualmente esse número está em 1,2 bilhão. Portanto, basta pensar que se cada um dos 1,2 bilhões de turistas internacionais atuais tiver uma atitude sustentável, o impacto que isso pode causar.
Em 2018, o jornal The Economist lançou o índice de turismo sustentável, avaliando 10 países e suas práticas sustentáveis ligadas ao turismo. Os países avaliados foram Alemanha, Brasil, China, Egito, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Japão e o Reino Unido.
A classificação foi a seguinte: França (1o.), Alemanha (2o.), Reino Unido (3o.). O Brasil ficou em sétimo lugar. [1]
Na classificação, o Brasil levou pontos positivos nos seguintes aspectos: qualidade do ar, emissão de CO2 e uso responsável da água. Por outro lado, os pontos negativos avaliados foram violência, infraestrutura turística, branding para atrair turistas, empregos no setor de turismo e não ter uma política voltada ao turismo sustentável.
Já o Sustainable Travel Index, índice criado pela empresa Euromonitor International, que avalia aspectos como sustentabilidade ambiental, social e econômica, transportes e hospedagens nas viagens em cada país no mundo, avaliou o Brasil na 54ª posição em turismo sustentável [2]
Os primeiros lugares são ocupados por países escandinavos, sendo os 20 primeiros lugares ocupados por países europeus. Isso se deve a ações da Comunidade Europeia para frear as mudanças climáticas e o aquecimento global.
Mas, o Brasil tem uma série de destinos turísticos sustentáveis bastante conhecidos. Dentre eles, destacam-se Bombinhas e Tibau, no Rio Grande do Norte.
Por último, dados do ICMBio demonstram que cada R$1 gasto em reservas naturais, geram outros R$ 7 entorno de parques ou com serviços como hospedagem, transporte e alimentação, por exemplo. [1]
Segundo o Sustainable Travel Report, lançado pelo site Booking.com, um dos maiores em hospedagem do mundo, 87% dos viajantes querem viagens sustentáveis. Esses dados são de abril de 2022.
Segundo o site Booking.com, 39% dos entrevistados optam por acomodações eco-amigáveis e também escolhem ações sustentáveis durante suas viagens. Isso demonstra que a sustentabilidade no turismo já é uma preocupação, mas há muito espaço ainda para o turismo sustentável crescer.
Nesses 39%, as principais razões para a escolha do turismo sustentável são (1) ajudar a reduzir o impacto ambiental, para 40%; (2) ter uma experiência local relevante, para 34% e se sentir bem pela escolha da acomodação, para 33% dos entrevistados. [2]
Outros dados mostram que o número de entrevistados que não optam por acomodações eco-amigáveis continua a cair e que esses entrevistados afirmam que não optam por tais acomodações por não saberem quais são. [3]
Além disso, um aspecto bastante interessante do relatório do Booking.com é que 67% dos viajantes entrevistados estariam dispostos a pagar pelo menos 5% a mais para ter certeza que o impacto ambiental dessa viagem é baixo. [3]
Viajantes indianos declararam estarem propensos a pagar 32% a mais, enquanto brasileiros pagariam 21% a mais e chineses 18% a mais por experiências em turismo sustentável. [3]
Por último, globalmente, somente o ecoturismo gera mais de US$ 77 bilhões, responsável por mais de 7% de todo mercado de tourismo, um dos setores que mais cresce na indústria do turismo, com crescimento anual entre 10% a 30%. E o turismo sustentável faz parte desses números. [4]
Não só no Brasil, como no mundo inteiro, há bastante espaço para o crescimento do turismo sustentável. É possível observar que a educação de turistas, bem como de quem trabalha direta e indiretamente com o turismo em destinos pode auxiliar a divulgar os pilares da sustentabilidade no turismo.
Há muito ainda para crescer. No entanto, como o próprio relatório do Booking.com demonstra, turistas têm optado por destinos com menor impacto ambiental e já apresentam certa conscientização sobre a importância da sustentabilidade em viagens, bem como do envolvimento da comunidade local nas experiências.
É possível perceber que o turismo sustentável enfrenta desafios por todo o mundo, mas sobretudo no Brasil. Embora o desmatamento e ações de degradação do meio ambiente afetam negativamente o turismo sustentável brasileiro, há bons exemplos no Brasil de práticas de turismo sustentável.
A fundação Green Destinations, uma organização holandesa sem fins lucrativos, elege em todo mundo 100 destinos sustentáveis de viagens. E desses 100, o Brasil conta com alguns ótimos lugares de destaque.
Conforme já mencionamentos, Tibau no Rio Grande do Norte é um dos destaques de destinos sustentáveis no território brasileiro.
Isso porque lá, há o Santuário Ecológico de Pipa, com mais de 80 hectares de mata preservada, com diversas trilhas e paisagens deslumbrantes, além do apoio e envolvimento total da comunidade local.
Outro destino de turismo sustentável no Brasil é São Miguel do Gostoso – RN. Praias, piscinas (também conhecidas como parrachos) naturais de Perobas, com turismo de base comunitária.
No sul do país, a cidade de Rolante foi eleita como um dos melhores destinos de turismo sustentável no Brasil. Lá, há natureza exuberante, cascatas e montanhas.
Com o projeto Ambientalistas Mirins, alunos da cidade conscientizam moradores sobre a importância da coleta seletiva e estímulo ao cicloturismo.
Também eleita pela Green Destinations no Top 100 2021 em turismo sustentável, Bombinhas oferece praias lindas e treinamentos para quem atende os turistas no comércio, visando a sustentabilidade das práticas.
Assim, o turismo sustentável já encontra terreno fértil em território nacional e ainda, há bastante espaço para crescer.
Bonito é a cidade reconhecida como capital do turismo sustentável. Ela possui diversos ambientes passíveis de visita, como: as famosas grutas, pontos de mergulho, piscinas naturais, balneários e incríveis cachoeiras.
Todos os locais podem ser vistos com o acompanhamento de um guia credenciado e biólogos.
Um destaque para manter a natureza intacta, é que todos os passeios possuem um limite diário de visitas, havendo controle para não causar danos ao meio ambiente.
[1] https://www.nexojornal.com.br/expresso/2022/03/25/O-que-%C3%A9-turismo-sustent%C3%A1vel.-E-qual-sua-dimens%C3%A3o-no-Brasil
[2] https://www.redeasta.com.br/post/turismo-sustentavel-inclusao-social-e-desenvolvimento
[3] https://globalnews.booking.com/where-sustainable-travel-is-headed-in-2018/
[4] https://ebscosustainability.files.wordpress.com/2010/07/ecotourism.pdf
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